Este é o primeiro livro em prosa do poeta Evaldo Balbino. A obra é composta por 33 crónicas, sendo quatro delas inéditas e as outras publicadas em “Retalhos Literários”, coluna assinada pelo autor no Jornal das Lajes desde 2009, e em outras antologias. Revisitando o passado da sua pequena cidade, ora sob a visão de um menino adulto ou de um adulto-menino, o autor revela a essência que permeia todo o livro: a palavra em estado poético, o barro enquanto origem, a humildade, a memória, o medo, o tempo, a morte, o sagrado, os desejos, as multiplicidades dos seres. Na faina do oficio poético, em que ler e escrever se misturam, Balbino extrai a matéria para as suas crónicas do cotidiano, das lembranças e das leituras de Platão, Santo Agostinho, Nietzsche, Safo, Luís de Camões, Olavo Bilac, Manuel Bandeira, Adélia Prado, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Rubem Braga, Manuel Bandeira, Octavio Paz, Júlio Verne, Francesco Alberoni, Antônio Machado, Virginia Woolf, Monteiro Lobato, João Cabral de Melo Neto e outros.